Separamos uma lista para esclarecer as principais dúvidas que recebemos, confira:
1. A Infertilidade afeta muitos casais?
Estes dados variam na literatura dependendo do país onde foi publicado. Porém, de forma geral, a esterilidade conjugal atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva.
2. Quais são as causas de Infertilidade?
Podem ser tanto de caráter social como clínico. Entre as primeiras, podemos citar a idade avançada e as consequências devido ao estilo de vida das pessoas (obesidade, tabagismo, álcool, drogas e excesso de trabalho).
As principais causas clínicas são: fatores masculinos (40%), fatores tubários e endometriose (25%), fatores ovarinos (25%), fatores associados (20%), infertilidade sem causa aparente (10%). Miomas e pólipos uterinos são causas raras de infertilidade conjugal e estão mais relacionados aos abortamentos.
3. Os fatores psíquicos podem provocar a infertilidade?
Não sabemos qual a influência que os transtornos emocionais podem ter na reprodução. o stress associado à reprodução deve ser tratado porque diminui a qualidade de vida do casal.
4. Quando afeta a fertilidade feminina?
A maturidade física e psíquica da mulher faz com que a idade ideal para ter filhos seja entre os 20 e 30 anos. mas, hoje em dia, as mulheres decidem ter filhos tardiamente, devido em grande parte à integração no mercado de trabalho. a partir dos 35 anos a fertilidade feminina diminui sensivelmente e a partir dos 45 a possibilidade de gravidez é excepcional.
5. Quem costuma ser responsável pela infertilidade? O homem ou a mulher?
Em 40% dos casos, o fator masculino é responsável pela infertilidade conjugal: alterações testiculares, obstrução dos ductos, afecções da próstata ou do epidídimo, alterações na ejaculação ou ereção e uso de medicamentos e drogas. estas alterações, de alguma forma, alteram a qualidade seminal (concentração, motilidade ou morfologia dos espermatozoides) e também podem levar a alteração na fita do DNA que o espermatozoide carrega (fragmentação do DNA). outros 40% devem-se a causas femininas como: menopausa precoce, endometriose, obstruções ou lesões das tubas uterinas, anomalias uterinas ou problemas ovulatórios (como a síndrome dos ovários policísticos). os 20% restantes devem-se a causas desconhecidas ou combinadas, em que tanto a mulher quanto o homem apresentam alterações que dificultam a gravidez. nós preferimos falar sempre das causas conjugais porque, não importa qual o problema, a colaboração dos dois membros é fundamental.
6. Como se faz o cálculo do período fértil?
Pressupondo um ciclo menstrual normal de 24 – 38 dias, a ovulação ocorrerá 14 dias antes da próxima menstruação.
24 horas depois da ovulação, verifica-se uma elevação a temperatura basal de 1°c. este sinal é a base do método de controle da ovulação, apesar de não ser um método muito prático. Por volta do período ovulatório, a observação dos sinais secundários da ovulação é importante, pois auxilia na detecção do período fértil. Neste período, a mulher pode perceber que a lubrificação vaginal aumenta (o muco cervical fica filante, semelhante à clara de ovo) e o momento a ovulação pode sentir dor tipo cólica (leve).
7. Qual a frequência com que se devem manter as relações sexuais para engravidar?
Logo após a ovulação, o óvulo permanece viável para ser fertilizado na tuba uterina por, aproximadamente 24 horas, e é só durante esse período que pode ser fecundado pelos espermatozoides, cujo pode ser fecundante 48 horas. o ideal para um casal conseguir uma gravidez, seria manter relações sexuais 2-3 vezes por semana, assim, todo período fértil estará coberto.
8. Até que idade os homens e as mulheres podem ter filhos?
Não há uma idade limite que impeça um casal a procurar a gravidez. É uma situação muito particular de cada casal.
Entre outras coisas, depende da saúde e do bem-estar físico de cada um.